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Demandas

Paraíba precisa qualificar 147 mil profissionais até 2027, segundo SENAI

Mapa do Trabalho Industrial 2025-2027 mostra que Logística, Construção, Manutenção e Metalmecânica serão as áreas com maior demanda por novos profissionais.

Da Redação Repórter PB

18/10/2024 às 12:30

Imagem Demanda da indústria da Paraíba

Demanda da indústria da Paraíba ‧ Foto: Reprodução

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Para atender a demanda da indústria da Paraíba nos próximos três anos, será necessário qualificar 147mil profissionais entre 2025 e 2027, segundo o Mapa do Trabalho Industrial. O número contempla a necessidade de formação de 25 mil novos profissionais e de requalificação de 122 mil que já estão no mercado. A projeção leva em conta o crescimento da economia e do mercado de trabalho. O levantamento é elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo é uma importante ferramenta de inteligência para subsidiar as ações de planejamento de oferta do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

    Acesse os dados do Mapa do Trabalho Industrial na íntegra.

“Na Paraíba estamos investindo na modernização das nossas Unidades. Aprimorando o ensino com a inclusão de metodologias inovadoras e abrindo novos horizontes por meio da IA e da robótica. A mão de obra qualificada no setor industrial, pede que estejamos sempre pensando em novas possibilidades! E isso será possível por meio da ampliação da oferta de cursos de qualificação e de aperfeiçoamento, nas áreas mais fortes da nossa indústria paraibana”, explicou o presidente da FIEPB, Cassiano Pereira.

Segundo o Mapa do Trabalho Industrial, o estado precisará de 25mil trabalhadores com uma nova formação para atender o ritmo de criação de empregos e a reposição de trabalhadores que deixarão o mercado de trabalho formal.

As projeções para a Paraíba também mostram que 122 mil trabalhadores precisarão de treinamento e desenvolvimento para atualizarem as competências nas funções que já desempenham na indústria e que também são demandadas por outros setores no Brasil.

A atualização envolve o desenvolvimento de competências em dimensões como hard skills (habilidades técnicas como domínio de máquinas, equipamentos e softwares), soft skills (competências comportamentais como pensamento crítico, inteligência emocional, criatividade e inovação) e ações de saúde e segurança no trabalho (como inspeção de instalações, normas e regulamentos), para que os trabalhadores contem com as habilidades necessárias para desempenhar as funções de maneira eficaz e segura.

Logística e Construção lideram em demanda por profissionais

De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial, entre 2025 e 2027, as áreas com maior demanda por profissionais serão:

    Logística e Transporte (28mil), com oportunidades para técnicos de controle da produção, motoristas de veículos de cargas, almoxarifes e armazenistas, entre outros;
    Construção (24 mil), para atuar como profissionais na operação de máquinas de terraplanagem, ajudante de obras civis, trabalhadores de estruturas de alvenaria, fundações, entre outros;
    Operação industrial (11 mil), que são profissionais que atuam como alimentadores de linhas de produção, embalagem, etiquetagem, trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias;
    Manutenção e Reparação (9 mil), para mecânicos de manutenção de veículos automotores, trabalhadores operacionais de conversação de vias permanentes (exceto trilhos), eletricistas de manutenção eletroeletrônica, e muito mais;
    Metalmecânica (7 mil), com a necessidade de montadores de veículos automotores (linha de montagem), trabalhadores de soldagem e corte de ligas metálicas, trabalhadores da pintura de equipamentos, veículos, estruturas metálicas e de compósitos, e mais;

Metodologia do MTI 2025-2027

Para este Mapa do Trabalho Industrial, o Observatório dividiu o levantamento de dados por etapas:

Projeção do emprego formal até 2027: estima-se o nível de emprego formal por área de atuação profissional e setor. As projeções utilizam modelos de séries temporais, testando diferentes especificações e selecionando a de melhor ajuste para cada série. Os dados são analisados em conjunto para garantir a consistência em relação ao comportamento do emprego e às expectativas futuras.

Delimitação do emprego na indústria e em ocupações correlatas em outros setores da economia:  seleciona-se o volume de vínculos formais projetados para a indústria como um todo, incluindo a indústria extrativa, de transformação, construção e energia e saneamento, além de ocupações correlatas em outros setores econômicos, como agropecuária, serviços e administração pública.

As ocupações correlatas são categorizadas pelo caráter transversal e pela relevância para os diferentes setores, como cientistas de dados e engenheiros da computação.

“Esse enfoque em toda a indústria, com a soma das ocupações estratégicas para os demais setores, possibilita uma abordagem integrada da promoção da formação profissional, refletindo a alta interdependência entre os setores”, explica a especialista em Mercado de Trabalho do ONI e responsável pela elaboração do Mapa do Trabalho Industrial, Anaely Machado.

Estimativa da demanda por formação industrial: com base na estrutura do emprego formal projetado e na necessidade de formação de profissionais, estima-se a demanda por qualificação na área industrial e correlatas:

    Formação inicial: considera o volume de novas vagas geradas na economia, a reposição de trabalhadores que deixam o mercado formal e o potencial estoque de profissionais já formados que poderiam ocupar essas vagas. Essa análise é fundamentada em microdados da RAIS/MTE, avaliando a trajetória profissional dos trabalhadores.
   
    Treinamento e desenvolvimento: estima a necessidade de atualização e formação complementar para profissionais já empregados. Os valores são derivados de pesquisa primária com empresários da indústria, que relataram o percentual de trabalhadores treinados anualmente.

Fonte: Repórter PB

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