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Supremacismo Branco? candidatura de Artur Bolinha enfrenta representação na justiça eleitoral em CG

Este episódio ressalta a importância da vigilância das ações dos candidatos e do uso das redes sociais durante o período eleitoral

Por Pereira Jr. • Articulista Polí­tico

21/08/2024 às 09:29

Imagem Arthur Bolinha, candidato a prefeito em Campina Grande

Arthur Bolinha, candidato a prefeito em Campina Grande ‧ Foto: divulgação

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O cenário eleitoral em Campina Grande ganhou novos contornos nesta quarta-feira (21) após o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) protocolar uma representação na Justiça Eleitoral contra Artur Bolinha, candidato a prefeito pelo partido Novo. A ação, movida às 04h18 na 17ª Zona Eleitoral de Campina Grande, acusa o empresário de publicar um vídeo em sua conta oficial no Instagram (@bolinhaprefeito30) que supostamente faz alusão a símbolos de supremacismo branco.

De acordo com a representação, assinada pelo advogado Olímpio Rocha e pelo candidato a vereador Nelson Júnior, Artur Bolinha teria compartilhado um vídeo de propaganda eleitoral em que uma pessoa realiza um gesto amplamente reconhecido como um símbolo de ideologias racistas. O gesto em questão, formado por um círculo com o dedo indicador junto ao polegar enquanto os outros dedos permanecem levantados, tem sido associado a movimentos de supremacia branca, conforme relatos de organizações de direitos humanos e autoridades internacionais.

O documento protocolado pelo PSOL solicita que a Justiça Eleitoral instaure um procedimento investigatório para apurar a prática de propaganda eleitoral irregular e a possível incitação ao ódio racial. Além disso, o partido requer a suspensão imediata da veiculação da propaganda nas plataformas digitais, a aplicação de multa ao candidato e, em casos mais extremos, a cassação do registro de candidatura de Artur Bolinha.

A representação movida pelo PSOL levanta uma série de questões jurídicas e políticas. Do ponto de vista eleitoral, se as acusações forem comprovadas, Artur Bolinha poderá enfrentar sérias consequências, incluindo a possível cassação de sua candidatura, o que poderia reconfigurar o cenário eleitoral em Campina Grande. Além disso, a polêmica em torno do gesto pode impactar negativamente a imagem pública do candidato, alienando eleitores e gerando um desgaste irreversível para sua campanha.

No contexto jurídico, a ação também coloca em evidência a responsabilidade dos candidatos e suas equipes de campanha ao utilizarem plataformas digitais para a propaganda eleitoral. A disseminação de conteúdos que possam ser interpretados como incitação ao ódio ou apologia a ideologias discriminatórias pode acarretar sanções severas, não apenas no âmbito eleitoral, mas também em termos criminais.

Este episódio ressalta a importância da vigilância das ações dos candidatos e do uso das redes sociais durante o período eleitoral. A representação do PSOL contra Artur Bolinha serve como um lembrete de que, em tempos de campanhas digitais, qualquer gesto ou conteúdo pode ter repercussões amplas e graves, tanto para a candidatura quanto para o debate público.

Tenho Dito,

Pereira Júnior 

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