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Médico de João Pessoa é flagrado agredindo ex-companheira na frente de criança; vídeo

G1 PB

11/09/2023 às 08:48

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João Paulo Souto Casado, diretor técnico do Complexo Hospitalar de Mangabeira, teve o pedido de afastamento imediato do cargo feito pela secretária de Saúde de João Pessoa. Polícia investiga o caso. Polícia investiga vídeo em que médico de João Pessoa aparece agredindo ex-companheiraO diretor técnico do Complexo Hospitalar de Mangabeira, o Trauminha, em João Pessoa, está sendo investigado pela Polícia Civil por agressão contra a mulher. Segundo a delegada da Mulher Paula Monalisa, vídeos de 2022 mostram o médico João Paulo Souto Casado agredindo a ex-companheira, em pelo menos duas ocasiões diferentes. As imagens foram divulgadas no domingo (10) pelas redes sociais do site Paraíba Feminina.O g1 tentou entrar em contato com a defesa de João Paulo Souto Casado, mas não houve retorno.Em um dos vídeos, gravado em abril do ano passado, é possível ver quando o médico está em um elevador com a vítima e uma criança. Nas imagens, é possível ver quando o suspeito puxa o cabelo da mulher e a empurra várias vezes, na frente da criança. Já em outras imagens, de setembro de 2022, a vítima é agredida com socos dentro de um carro. Em entrevista ao Bom Dia Paraíba, nesta segunda-feira (11), a delegada Paula Monalisa explica que as imagens foram entregues à polícia, pela própria vítima, em agosto deste ano. “Ela procurou a delegacia e nos forneceu essas imagens. Ela também foi ouvida, com bastante riqueza de detalhes, e as medidas protetivas já foram solicitadas e deferidas pela Justiça. O inquérito está em andamento”, disse a delegada.Ainda conforme Paula Monalisa, apesar das agressões terem sido gravadas, em vídeo, há mais de um ano, o crime ainda não está prescrito, e o médico está sendo investigado. “As testemunhas já foram arroladas e serão ouvidas pela delegacia para, em seguida, ele ser chamado, ouvido, interrogado e qualificado”, completou.Polícia investiga vídeo que mostra médico agredindo ex-companheira, em João PessoaReprodução/TV Cabo BrancoAfastamento dos cargosApós a divulgação das imagens nas redes sociais, a secretária interina de Saúde de João Pessoa, Janine Lucena, publicou nas redes sociais uma nota em que pediu o afastamento imediato do cargo do diretor técnico do Trauminha.“Devido a gravidade dos atos demonstrados nas imagens, encaminhei ao Senhor Prefeito, Cícero Lucena, um pedido para o afastamento imediato, por incompatibilidade desse comportamento com o esperado para um servidor público. Como cidadã, mulher e Secretária Interina da Saúde, não poderia admitir a permanência em nossos quadros, de um profissional com conduta de tamanha gravidade”, diz a nota.João Paulo também é Cabo Bombeiro Militar da Paraíba e médico atuante no Grupo de Resgate Aeromédico do Corpo de Bombeiros (Grame) e no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) informou que “repudia as agressões e se solidariza com a vítima, afastando, portanto, o servidor de sua função pública”. O secretário de Saúde da Paraíba, Jhony Bezerra, divulgou, no domingo, que afastou o servidor de ambas as funções no Trauma e no Grame.O Corpo de Bombeiros informou, nesta segunda-feira, que um procedimento apuratório para investigar a conduta do médico, que é militar do CB desde 2005, vai ser aberto.O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) informou em nota que determinou a abertura de uma sindicância, considerando os artigos 23 e 25 do Capítulo IV do Código de Ética Médica. Os referidos artigos dizem respeito à "Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou sob qualquer pretexto", e "Deixar de denunciar prática de tortura ou de procedimentos degradantes, desumanos ou cruéis, praticá-las, bem como ser conivente com quem as realize ou fornecer meios, instrumentos, substâncias ou conhecimentos que as facilitem."A nota diz ainda que o CRM-PB "repudia veementemente qualquer forma de agressão contra a mulher".Como denunciarDenúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones:197 (Disque Denúncia da Polícia Civil)180 (Central de Atendimento à Mulher)190 (Disque Denúncia da Polícia Militar - em casos de emergência)Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e iOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail.As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de providenciar as investigações.Saiba como identificar a violência contra a mulherVídeos mais assistidos da Paraíba

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