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Investigações

PF detalha plano de golpe com monitoramento de Moraes e ameaças a Lula e Alckmin

De acordo com os investigadores, a operação clandestina, batizada de "Copa 2022", foi articulada para ocorrer em 15 de dezembro, três dias após a diplomação de Lula e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

Da Redação Repórter PB

19/11/2024 às 17:00

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Imagem Relatório da Operação Contragolpe

Relatório da Operação Contragolpe ‧ Foto: Reprodução

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Uma rede de mensagens codificadas, planos clandestinos e operações monitoradas pela Polícia Federal (PF) revelaram detalhes preocupantes sobre a tentativa de militares em desestabilizar a ordem democrática no Brasil após as eleições de 2022. Um relatório da Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19), aponta que um grupo de militares investigados monitorou a residência oficial do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como parte de um plano para detê-lo e inviabilizar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Planejamento abortado

De acordo com os investigadores, a operação clandestina, batizada de "Copa 2022", foi articulada para ocorrer em 15 de dezembro, três dias após a diplomação de Lula e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). A análise de mensagens obtidas pela PF mostra que os investigados dividiram-se em locais estratégicos para executar ações coordenadas, com a utilização de codinomes como "Alemanha", "Áustria" e "Brasil".

No entanto, o plano foi suspenso após o adiamento de uma sessão do STF, que julgaria o orçamento secreto do Congresso Nacional. "Abortar... Áustria... volta para local de desembarque... estamos aqui ainda", afirmou um dos envolvidos em uma mensagem interceptada.

Ameaças a Lula e Alckmin

Além do monitoramento de Moraes, a investigação aponta que o grupo também cogitou atentar contra a vida de Lula e Alckmin. Na mesma data, Lula estava em São Paulo em um evento com catadores de materiais recicláveis, enquanto Alckmin participava de uma reunião com governadores em Brasília.

Os acusados usaram linhas telefônicas de terceiros e o aplicativo criptografado Signal para evitar rastros, mas os investigadores conseguiram rastrear a localização dos aparelhos e confirmar as movimentações suspeitas.

Operação Contragolpe

A Operação Contragolpe prendeu cinco militares nesta terça-feira. Eles são acusados de constituir uma organização criminosa com o objetivo de planejar um golpe de Estado e impedir a posse de Lula, além de praticar atos de monitoramento ilegal, conspiração e ameaça contra autoridades.

Conclusão

A PF reforçou que as provas colhidas até o momento indicam um plano articulado e de alta periculosidade contra a democracia brasileira. O caso destaca a importância de uma resposta firme e coordenada das autoridades para combater ações que atentem contra as instituições democráticas do país.

Fonte: Repórter PB

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