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Território Livre

Câmara de Vereadores de JP adia coletiva de Imprensa para terça, enquanto Presidente, e Vereadora permanecem afastados, acusados de “aliciamento violento de eleitores”

O processo investigativo conduzido pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)

Da Redação Repórter PB

21/10/2024 às 08:34

Imagem Presidente da Câmara de JP, Dinho Dowsley (PSD)

Presidente da Câmara de JP, Dinho Dowsley (PSD) ‧ Foto: divulgação

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O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Dinho Dowsley (PSD), foi afastado de suas funções pela Justiça nesta sexta-feira (18), após a deflagração da Operação Livre Arbítrio pela Polícia Federal (PF). A ação, que faz parte de uma investigação sobre aliciamento violento de eleitores na capital paraibana, resultou em sete medidas cautelares impostas ao vereador, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a suspensão do exercício de cargo público.

Além do afastamento de Dinho, a operação cumpre mandados de busca e apreensão com o objetivo de reunir provas sobre a participação de um grupo criminoso nas eleições municipais. As investigações apontam que o grupo utilizava ameaças e controle territorial para coagir eleitores a votar em determinados candidatos.

Investigação envolve crimes eleitorais graves

O processo investigativo conduzido pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) revela que os crimes vão além de coação eleitoral. Dinho e seus aliados são suspeitos de envolvimento em uma organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. A operação teve como foco atividades ilícitas que ocorreram durante o período eleitoral, com indícios de que o vereador exerceu influência no pleito utilizando métodos violentos.

Em resposta às acusações, Dinho Dowsley nega envolvimento no esquema e afirma ser vítima de perseguição política. Segundo o parlamentar, "ilações maliciosas" têm sido usadas para prejudicar sua reputação e desestabilizar seu mandato.

Adiamento de coletiva e o futuro da Câmara

A Mesa Diretora da Câmara de João Pessoa adiou a coletiva de imprensa que estava marcada para segunda-feira (21). O motivo do adiamento foi um recurso em tramitação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), cujo julgamento está previsto para ocorrer no mesmo dia. A coletiva foi remarcada para terça-feira (22), às 9h, com o objetivo de esclarecer a sequência dos trabalhos legislativos após o afastamento de Dinho.

Com a saída temporária do presidente, o primeiro vice-presidente, vereador Carlão pelo Bem (PL), deve assumir a presidência da Câmara. A Casa enfrenta um momento delicado, com a necessidade de reorganizar suas atividades e assegurar a continuidade dos trabalhos enquanto as investigações seguem.

Sessão da Câmara marcada por tensão

Na 56ª sessão ordinária da Câmara de João Pessoa, realizada na última quinta-feira (17), a vereadora Raíssa Lacerda trouxe novas acusações contra Dinho, apontando que assessores ligados a ele foram presos durante a Operação Território Livre. A vereadora, que também foi presa em setembro, aproveitou a tribuna para questionar sua detenção e destacar que os envolvidos no caso estavam mais associados a Dinho do que a ela.

Dinho, por sua vez, rebateu as acusações de Raíssa, exigindo que ela provasse a ligação de seus assessores com os crimes. O presidente afastado afirmou que a vereadora tem direito de se defender, mas que não tolerará que seu nome seja vinculado a atos ilícitos.

Consequências e desdobramentos

O afastamento de Dinho Dowsley é um desdobramento relevante da Operação Livre Arbítrio, que investiga a interferência criminosa nas eleições de João Pessoa. A PF continua apurando os detalhes do esquema, e novas ações podem ser desencadeadas com base nas provas obtidas.

A situação abre uma crise política na Câmara Municipal, que precisará lidar com o afastamento de seu líder em um momento sensível. A coletiva de imprensa marcada para terça-feira (22) será decisiva para esclarecer os próximos passos e a nova composição da mesa diretora.

Fonte: Repórter PB

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