05/11/2024 às 12:31
A Justiça paraibana decretou nesta terça-feira (5) a prisão preventiva do médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, acusado de estupro e abuso sexual contra crianças durante consultas médicas realizadas em João Pessoa. A decisão foi tomada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), atendendo a um recurso apresentado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), que argumentou sobre o risco à ordem pública caso o acusado permanecesse em liberdade.
O desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator do processo, enfatizou a gravidade das acusações, afirmando que o médico se aproveitava da confiança de pacientes, familiares e da sociedade para cometer os atos. “Somente a prisão impedirá a prática de novos delitos”, destacou Vital, reforçando que a medida é necessária para proteger a ordem pública e garantir que os processos judiciais transcorram sem interferências ou novos riscos.
Anteriormente, o juiz José Guedes Cavalcante Neto havia negado o pedido de prisão preventiva do médico, o que motivou o MPPB a recorrer ao Tribunal de Justiça. Além da prisão preventiva, o relator determinou a busca e apreensão de materiais como celulares, computadores e prontuários em posse do pediatra, visando preservar possíveis provas.
Ricardo Vital refutou a alegação de que a idade do médico deveria permitir que ele respondesse ao processo em liberdade, afirmando que “a idade não deve servir como indulgência”. Esse entendimento foi acompanhado pelos desembargadores Joás Brito Pereira e Fred Coutinho, enquanto os magistrados Márcio Murilo e Saulo Benevides se declararam suspeitos de participar do caso.
Embora tenha reconhecido a gravidade das acusações, o Tribunal concedeu a Fernando Cunha Lima a possibilidade de cumprir a prisão de forma especial, em consideração ao seu perfil profissional. A decisão foi divulgada pelo jornalista Wallison Bezerra, e o mandado de prisão deve ser executado de imediato pelas autoridades.
Fonte: Repórter PB
Para ler no celular, basta apontar a câmera