Sousa/PB -

Extras

Viva Maria destaca o combate à violência contra a mulher

Rádio Agência

24/11/2024 às 15:33

Tamanho da Fonte

Baixar

Neste 25 de novembro é celebrado o Dia Internacional Pela Eliminação da Violência Contra a Mulher. A data foi criada em 1981 durante o primeiro Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, em Bogotá, em homenagem às irmãs Patria, Minerva  e María Teresa Maribal, violentamente torturadas e assassinadas em 1960, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo. A Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu a data em março de 1999. 

Para abordar tão importante tema, o Viva Maria conversa com a ativista, psicóloga e escritora Raquel Moreno, que há muitos anos luta por um mundo sem violência contra as mulheres. Ela afirma que, apesar das conquistas nos últimos anos, esse é um problema que persiste. 

“Eu acho que a violência se perpetua até hoje porque na verdade ela serve de válvula de escape pra muitas violências que existem na sociedade. A violência da não inclusão; da discriminação; da pobreza; da falta de espaço de manifestação de qualquer trabalhador. Então, o que acontece é que todas essas pequenas violências do cotidiano ensina-se que tem que ser aguentadas em silêncio, porque senão você perde o emprego, você perde uma série de coisas. Mas em compensação, chegando na sua casa, você é o rei do castelo e lá você pode desafogar, digamos, essa ansiedade acumulada ao longo do dia. E de alguma maneira isso restabelece o equilíbrio para que todo mundo volte bonitinho pro trabalho no dia seguinte. Todo mundo menos a mulher que foi vítima de violência, é claro.”

Raquel Moreno, que é integrante do Coletivo Mulher e Mídia, fala sobre o papel dos meios de comunicação no combate à violência. 

“Eu diria que a mídia é uma das grandes responsáveis. Eu acho que, no mínimo, ela compactua. Porque na verdade a mídia banaliza a violência e torna o limiar de aceitabilidade da violência muito mais elástico. Portanto a sociedade, na medida em que vê na mídia e a reprodução disso, acha normal, natural. Ou então, em casos mais interessantes, a mídia espetaculariza sem nenhum cuidado. De modo que se torna um exemplo a ser multiplicado, em vez de ser um exemplo a ser evitado. Essa banalização naturaliza a violência na sociedade e todo mundo continua achando que é normal e perpetua o problema, em vez de trabalhar no sentido oposto.”

 

Vítimas de violência doméstica podem apresentar um sinal vermelho na mão para alertar que estão vivendo uma situação de vulnerabilidade Vítimas de violência doméstica podem apresentar um sinal vermelho na mão para alertar que estão vivendo uma situação de vulnerabilidade
© Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Direitos Humanos 25 de novembro marca mobilização contra essa violência em todo o mundo Brasília 25/11/2024 - 07:00 Rádio Nacional / Rilton Pimentel Mara Régia – apresentadora do Viva Maria Viva Maria Violência Violência Doméstica Raquel Moreno segunda-feira, 25 Novembro, 2024 - 07:00 6:43

Continuar lendo ...
Ads 728x90

QR Code

Para ler no celular, basta apontar a câmera