14/09/2024 às 20:45
O clima nas eleições municipais de João Pessoa, capital paraibana, é de insegurança, com investigações em curso sobre o envolvimento de autoridades municipais em atos ilícitos, em complacência com o crime organizado, por meio dos comandos do tráfico de drogas nas comunidades mais carentes da cidade.
A situação tende a se agravar diante da aproximação do dia da votação e com o desfecho da reunião de emergência convocada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) para discutir a segurança durante o pleito, que aconteceu neste sábado (14), a portas fechadas.
Apesar do pedido de tropas federais, que foi feito pelos três candidatos da oposição à presidente do TRE-PB, desembargadora Agamenildes Dias, que descartou, no momento, o envio das mesmas, os três postulantes também cobram que seja quebrado o sigilo das investigações do Polícia Federal sobre a suposta interferência do crime organizado nas eleições deste ano na capital.
A hesitação da Justiça Eleitoral no deferimento de tropas federais em João Pessoa é preocupante. A necessidade de mais segurança nas comunidades é incontestável. O pleito deste ano em João Pessoa, que já está manchado pela influência do tráfico de drogas e do crime organizado, tem gerado intranquilidade.
A reivindicação dos três candidatos de oposição em João Pessoa pelo reforço de tropas federais na campanha eleitoral da capital, decorre de duas operações da Polícia Federal, 'Mandare' e 'Território Livre', que apuram o aliciamento violento de eleitores em comunidades dominadas por comandos do tráfico de drogas. As operações também investigam ligações do crime organizado com a Prefeitura de João Pessoa, atualmente comandada por Cícero Lucena (PP).
Apesar da negativa em João Pessoa, o TRE-PB já autorizou o reforço das Forças Armadas para o dia de votação para as cidades de Bayeux e Cabedelo, circunvizinhas de João Pessoa.
Fonte: Repórter PB
Para ler no celular, basta apontar a câmera